Custo Efetivo Total: o que é e para que serve?
Saiba mais sobre o CET para tomar decisões financeiras melhores e mais assertivas
Você já deve ter ouvido falar sobre o CET, sigla para “Custo Efetivo Total”. Mas você sabe tudo de que precisa sobre ele?
Compreender o que é esse indicador é necessário para tomar decisões financeiras mais conscientes e certeiras.
O CET é fundamental para escolher a opção de crédito ou de financiamento que melhor se adequa às suas necessidades e ao seu orçamento sem correr o risco de que informações sobre taxas ou seguros obrigatórios passem despercebidas.
Pensando nisso, a Bumme responde as principais questões relacionadas ao CET para acabar com todas as suas dúvidas! Confira:
Afinal, o que é o CET?
O CET é um indicador que representa o custo total de uma operação de crédito, um empréstimo ou um financiamento, ou seja, ele representa todos os gastos de transações de crédito.
Esse indicador é uma informação importante para pessoas físicas, microempresas ou empresas de pequeno e médio porte, já que ele permite comparar diferentes opções de crédito com base no custo total e não apenas na taxa de juros.
Como calcular o CET?
As regras para o cálculo do CET são definidas pelo Banco Central do Brasil e devem ser seguidas por todas as instituições financeiras que oferecem operações de crédito ou financiamentos.
O cálculo total deve levar em conta todos os custos envolvidos no valor das diferentes operações. Basicamente, o CET é a seguinte soma: juros + taxas + encargos + tributos + seguros. Esse valor deve ser expresso em percentual (%) por ano.
Vale lembrar que todos os números precisam estar especificados no contrato referente à operação. A divulgação detalhada do CET é uma exigência do Banco Central do Brasil a fim de garantir a transparência de informações e a proteção dos consumidores.
Dessa forma, fica mais fácil avaliar se uma determinada operação é realmente vantajosa, além de analisar a alternativa mais econômica para o seu bolso.
Qual é a diferença entre taxa de juros e CET?
A diferença entre os dois é que a taxa de juros é apenas um dos elementos que compõem o Custo Efetivo Total, sendo a porcentagem cobrada pelo dinheiro emprestado ou financiado.
Então quais custos podem aparecer no CET?
É necessário estar atento a todos os custos referentes às operações, porque algumas empresas podem omitir algumas cobranças requeridas – e as pequenas tarifas podem tornar a sua operação mais cara.
E como exigido pelo Banco Central do Brasil, todas as informações devem estar evidentes para os compradores de crédito, facilitando com que eles comparem as possíveis opções desejadas. Mas lembre-se: saber detalhadamente sobre esses dados é um direito de todos e pode ser recorrido quando necessário.
Portanto, é preciso saber o que está ou pode estar incluso no contrato final para não correr o risco de escolher uma operação que não seja muito vantajosa.
Além da taxa de juros, o CET pode ter os seguintes custos:
- tarifas de abertura de crédito: nos contratos, podem aparecer taxas cobradas no momento da abertura do crédito, como avaliação do cadastro, análise de crédito, entre outras. Mas, muitas vezes, essas tarifas são abusivas. Além disso, esse é um dos custos que mais deve chamar atenção dos compradores, visto que podem ser taxas ilegais, segundo previsto pelo Código de Defesa do Consumidor;
- seguros obrigatórios: alguns contratos podem exigir a contratação de seguros, como o seguro de vida ou o seguro prestamista, que cobre o pagamento das parcelas em caso de perda de renda;
- taxas administrativas: tratam-se de cobranças de serviços prestados pela instituição financeira – por exemplo, o envio de boletos ou a realização de consultas;
- impostos: diferentes impostos sobre operações financeiras (IOFs) podem estar inclusos nos contratos;
- outros custos: dizem respeito a outros custos relacionados à operação financeira, como tarifas de manutenção de conta, comissões, etc.
Como interpretar o CET?
Ao avaliar o indicador, é fundamental considerar o seu orçamento e as suas necessidades. E, para interpretar o CET, é necessário saber que quanto maior ele estiver, maior será o custo total da operação.
E vale ressaltar que, em alguns casos, uma taxa de juros baixa pode não ser suficiente para compensar os outros custos que podem aparecer no contrato – seguros obrigatórios, tarifas de abertura de crédito, taxas administrativas e impostos.
Ou seja, um CET mais alto pode ter parcelas mensais baixas, mas representar um custo maior a longo prazo. Já um indicador mais baixo pode ser mais vantajoso a longo prazo, mas com parcelas mensais muito altas, que podem afetar o seu orçamento.
CET em prática
Para ficar mais claro, a Bumme traz um exemplo de um pequeno empreendedor que busca um financiamento de R$ 50.000,00. Ele vai ao Banco X e ao Banco Y, mas precisa decidir entre as duas opções:
- A taxa de juros do Banco X é de 12% ao ano, isto é, 0,95% ao mês, enquanto a taxa de juros do Banco Y é de 9% ao ano, o que equivale a 0,76% ao mês;
- No entanto, o Banco Y cobra mais pela TAC (taxa de abertura de crédito) e pelo IOF, além de sugerir um seguro com custo mais alto, o que encarece o Custo Efetivo Total da operação.
Logo, o pequeno empreendedor precisa analisar cada caso. Assim, com a ajuda do CET, ele vai conseguir entender qual opção de crédito ou de financiamento será mais adequada às suas necessidades, de modo que caiba no seu orçamento e não afete o planejamento financeiro.
Ainda, é importante estar atento aos valores de todos esses outros custos para verificar se eles não estão exorbitantes, compreendendo se a operação realmente compensa.
Analise o seu CET e tenha sucesso!
Mas lembre-se que a interpretação do indicador deve levar em conta o custo total da operação e o impacto que ela terá em suas finanças pessoais.
A escolha da melhor opção deve ser feita com base em uma análise cuidadosa e que considere os diferentes fatores.
E você? Será que você está pagando mais ao seu banco do que deveria? Se você estiver com dúvidas sobre suas operações de crédito em andamento, a Bumme pode te ajudar analisando seus contratos e verificando se há cobranças indevidas. Clique aqui e venha fazer parte do Movimento Bumme.