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Drex: a nova moeda digital do Brasil

Drex: a nova moeda digital do Brasil

O Banco Central do Brasil (BCB) anunciou no dia 7 de agosto a nova moeda digital do país: o Drex.

Uma nova forma de lidar com o dinheiro estará disponível para os brasileiros. A expectativa é que ela entre em vigor até o final de 2024, mas o BCB não definiu uma data.

O nome Drex foi confirmado por Fábio Araújo, coordenador da iniciativa e economista do BCB.

A Bumme Consultoria Financeira explica o que é o Drex e como vai funcionar. Vamos descobrir?

O que é o Drex?

Primeiro é preciso entender o que significa cada letra da sigla. Segundo o Banco Central, a letra “D” se refere a Digital; o “R” significa Real; o “E” é Eletrônico e o “X” passa a ideia de modernidade e de conexão, além de ter a mesma letra final do Pix.

A ideia da moeda digital surgiu ainda em 2020 após o sucesso da implantação do Pix.

“A solução, anteriormente referida por Real Digital, propiciará um ambiente seguro e regulado para a geração de novos negócios e um acesso mais democrático aos benefícios da digitalização da economia a cidadãos e empreendedores”, diz o Banco Central.

De modo simplificado, o Drex será a representação virtual do Real. Ele é uma moeda virtual, associada a um serviço financeiro, mas não será uma criptomoeda. O que isso significa? Ela não terá um valor flutuante como as criptomoedas (cujo valor varia de acordo com a demanda e a oferta). O valor de cada Drex será o mesmo do Real, ou seja, R$ 1 tem o mesmo valor de 1 Drex.

Como irá funcionar?

O Drex utilizará um sistema de blockchain, que na tradução livre é uma “cadeia de blocos”, ou seja, é um sistema seguro que agrupa informações que, de alguma forma, conectam-se por meio da criptografia. Sendo assim, transações financeiras podem ser feitas de maneira segura.

Qual a diferença do Pix e Drex?

O Drex pode ser chamado de “primo” do Pix. Por que? De acordo com o que foi publicado pela Agência Brasil (agência de notícias do Governo Federal), “enquanto o Pix obedece a limites de segurança e é usado, na maior parte das vezes, para transações comerciais, o Drex poderá ser usado para comprar imóveis, veículos e até títulos públicos.”

Testes já começaram

Os testes com a plataforma do Drex já começaram no início de 2023. Já foram habilitados 16 consórcios, que irão desenvolver instrumentos financeiros e ferramentas para o novo sistema. 

Novos testes com esses consórcios estão previstos para começarem em setembro de 2023. Serão feitas simulações de operações e testes com a segurança, além de testarem a agilidade da plataforma com os reais ativos convertidos em digitais. 

Tudo será feito em etapas; contudo, as simulações com títulos do Tesouro Nacional estão previstas para fevereiro de 2024.

E quais ativos serão utilizados nos testes?

  • depósitos de contas de reservas bancárias, de contas de liquidação e da conta única do Tesouro Nacional; 
  • depósitos bancários à vista; 
  • contas de pagamento de instituições de pagamento; 
  • títulos públicos federais. 

Por enquanto, apenas 14 instituições financeiras de médio e grande porte participam do projeto piloto de implantação do Drex.

Em Resumo:

  • O Drex funcionará como uma extensão da moeda física do Real e será emitido pelo Banco Central;
  • A cotação será a mesma da moeda física;
  • Terá custódia do Banco Central;
  • Pode ser trocado pela moeda física e vice-versa;
  • Bancos não podem emprestar a terceiros como fazem com o dinheiro físico;
  • Não terá rendimento automático;
  • Terá garantia de segurança cibernética e jurídica;
  • Garantia de privacidade nas operações.