Taxa de juros: quais tipos de existem e como afetam os contratos?
Todo empresário já deve ter sonhado com uma taxa de juros, não é mesmo?
Na hora de fechar um contrato de operações de crédito ou de realizar pagamentos atrasados, é possível ter se deparado com esse encargo.
Muitas vezes, esse juro parece despretensioso, mas ele faz muita diferença quando somado completamente – e isso pode gerar prejuízos para a sua empresa.
Pensando sobre os tipos de taxa de juros, o blog da Bumme preparou um texto completo para explicar em detalhes esses encargos.
Chega de dor de cabeça! Vamos lá?
O que é uma taxa de juros?
É preciso pensar na taxa de juros em uma relação entre dinheiro e tempo. Ela é um índice usado em produtos financeiros, especialmente aqueles associados às operações de empréstimo e financiamento.
Uma taxa de juros é a porcentagem cobrada pelo uso de uma quantia de dinheiro em um determinado momento. Em outras palavras, é como se fosse uma compensação pelo tempo em que o valor esteve emprestado ou investido.
Ao pegar um dinheiro emprestado, a taxa de juros é o valor adicional que se paga pelo privilégio de usar essa verba na hora que você precisar.
Por outro lado, ao se emprestar uma quantia, o encargo diz respeito ao valor recebido como compensação pelo tempo em que o dinheiro fica disponível para a empresa ou o empresário.
Essas taxas são aplicadas em diversos tipos de transações financeiras. Em geral, as empresas convivem bastante com esses encargos, visto que podem recorrer às operações de crédito com uma certa frequência.
Como uma taxa de juro afeta o valor total?
A taxa de juros está intrinsecamente ligada à diferença entre o valor emprestado e a quantia devolvida.
Vamos a um exemplo de juros simples com prestações fixas:
Você pegou R$ 10 mil emprestados no banco hoje em um contrato que será pago ao longo de um ano.
Após doze meses, você terá devolvido R$ 12 mil à instituição financeira. Isso significa que a taxa de juros (simples) mensal é de 2,92%.
Para saber mais sobre como calcular o valor das prestações, acesse a Calculadora do Cidadão, do Banco Central do Brasil.
Diferença entre juros e taxa de juros
Os juros são os valores adicionais cobrados ou ganhos pelo uso do dinheiro emprestado ou investido ao longo do tempo. Eles representam a compensação pelo uso do capital e são expressos como uma porcentagem do valor principal.
Existem dois tipos principais: juros simples (calculados apenas sobre o valor inicial) e juros compostos (calculados sobre o valor inicial e os juros acumulados).
Já a taxa de juros refere-se à porcentagem utilizada para calcular o valor. É a taxa fixa ou variável aplicada a um montante principal para determinar a quantia de encargos a ser paga ou recebida.
As taxas de juro são definidas por bancos, instituições financeiras ou autoridades monetárias e podem ser fixadas em contratos de empréstimos, investimentos ou outros serviços financeiros.
Quais tipos de juros existem?
Existem diferentes tipos de juros. Entre eles estão:
Juros simples
Eles são uma taxa fixada no início de uma transação financeira, calculada apenas sobre o valor inicial sem considerar ganhos ou perdas por um determinado tempo. Diferentemente dos compostos, que se recalculam regularmente, os simples mantêm uma taxa constante durante todo o período.
Eles são mais comuns em transações a curto prazo, como empréstimos pessoais. Neste caso, o cálculo é direto.
Juros compostos
Também chamados de “juros sobre juros”, essa categoria age continuamente durante todo o tempo do empréstimo ou investimento, somando-se ao valor inicial e aos juros anteriores.
Este tipo de juros pode aumentar consideravelmente o valor devido, como no cheque especial, em que o débito cresce exponencialmente ao longo do tempo.
Uma calculadora de juros compostos pode revelar como pequenas quantias se transformam em grandes somas com o tempo.
Juros de mora
Eles dizem respeito aos encargos financeiros sobre uma dívida que não foi paga no prazo. Assim, os juros de mora são calculados pelo tempo de atraso e oferecem uma compensação ao credor.
Essa categoria serve como penalidade e incentivo para o cumprimento dos prazos estabelecidos, e visa que o credor garanta o recebimento pontual dos valores devidos.
Juros nominais
Esses são as taxas definidas em contrato que não consideram os efeitos da inflação. São encargos expressos em acordos, contratos de empréstimo, ou investimentos sem considerar a variação do poder de compra ao longo do tempo.
Juros reais
Os juros reais são taxas de juros ajustadas pela inflação. Eles refletem o ganho ou perda de poder de compra ao longo do tempo. Em geral, eles representam o retorno real de um investimento ou custo real de um empréstimo, considerando o impacto da inflação sobre o valor envolvido.
Juros rotativos
Esse tipo de juros diz respeito às cobranças por atraso no pagamento de faturas de cartão de crédito ou financiamentos. Evitá-los é preferível para evitar complicações financeiras.
Juros sobre Capital Próprio
Já essa categoria tem como base os lucros de uma empresa. Em geral, eles são distribuídos aos acionistas como forma de retorno.
E as taxas de juros?
Enquanto isso, as taxas de juros também são diferentes. As mais conhecidas são: as fixas (ou pré-fixadas) (permanecem inalteradas durante todo o período do contrato) e as variáveis (ou pós-fixadas) (podem mudar ao longo do tempo, geralmente baseadas em indicadores econômicos como a taxa básica de juros, inflação, entre outros).
Vale destacar que a pós-fixada está atrelada a algum índice, como a taxa básica de juros (Selic no Brasil) ou a taxa de inflação.
Taxa de juros e taxa Selic são a mesma coisa?
A taxa Selic é uma taxa de juros básica da economia brasileira, utilizada como referência para diversas operações financeiras no país.
Ou seja, a taxa Selic pode ser considerada uma taxa de juros. Mas vale destacar que ela influencia nos encargos e nem todas as taxas de juros são necessariamente a Selic.
Existem várias taxas de juros no sistema financeiro, e a taxa Selic é específica para controlar a inflação no Brasil, e é determinada pelo Comitê de Política Monetária (COPOM) do Banco Central.
Ela é utilizada como uma ferramenta para influenciar a economia, controlando a inflação e estimulando o crescimento econômico, entre outros objetivos.
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