Saiba o que é IPCA e como ele impacta sua vida
Calculado mensalmente, o Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo leva em conta os produtos e serviços mais utilizados pelos brasileiros
Em algum momento, você já deve ter ouvido falar em IPCA. Sempre que o assunto inflação aparece na mídia, o índice está lá.
Essas quatro letras até podem ser confundidas com impostos, mas não são. Na verdade, o IPCA é um índice utilizado pelo governo federal e ajuda a calcular a inflação oficial brasileira. Ele serve de referência para as metas de inflação e para as alterações na taxa de juros.
Mas o que significa IPCA e como ele afeta seu dia a dia? A Bumme preparou um material para você entender melhor o assunto.
O que é IPCA?
Primeiro passo é entender que IPCA significa Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo. Ele é medido pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) e foi divulgado pela primeira vez em janeiro de 1980, com dados de dezembro do ano anterior.
O Sistema Nacional de Índices de Preços ao Consumidor (SNIPC) produz contínua e sistematicamente o IPCA, que tem por objetivo medir a inflação de um conjunto de produtos e serviços comercializados no varejo, referentes ao consumo pessoal das famílias.
Segundo o Banco Central (BC) do Brasil, a coleta de dados do IPCA é feita, em geral, do dia 1 a 30 do mês de referência.
Público-Alvo
Atualmente, o público-alvo do IPCA são famílias com rendimentos de 1 a 40 salários mínimos, qualquer que seja a fonte, residentes nas áreas urbanas das regiões de abrangência do SNIPC, que são: regiões metropolitanas de Belém, Fortaleza, Recife, Salvador, Belo Horizonte, Vitória, Rio de Janeiro, São Paulo, Curitiba, Porto Alegre, além do Distrito Federal e dos municípios de Goiânia, Campo Grande, Rio Branco, São Luís e Aracaju, diz o IBGE.
Essa faixa de renda foi escolhida para poder abranger o máximo possível (cerca de 90%) das famílias que vivem em áreas urbanas de todas as regiões do Brasil onde existe a cobertura do SNIPC.
Segundo o Banco Central, existe ainda a variação do IPCA-15, que “é uma prévia do IPCA, cujo período de coleta estende-se do dia 16 do mês anterior ao 15 do mês de referência”.
O que é pesquisado?
De acordo com o IBGE, a escolha dos produtos e serviços que vão compor a chamada cesta básica é decidido pela Pesquisa de Orçamentos Familiares (POF). O resultado dessa pesquisa diz que tipos de produtos e serviços são mais consumidos pelos brasileiros e quanto se gasta com cada um deles.
As categorias pesquisadas, segundo o IBGE, são:
- Artigos de residência
- Vestuário
- Comunicação
- Educação
- Despesas pessoais
- Saúde e cuidados pessoais
- Habitação
- Alimentação e bebidas
- Transporte
Os preços são coletados no comércio em geral, nos estabelecimentos de prestação de serviços e também nas concessionárias de serviços públicos (água e energia elétrica) e internet. São cerca de 400 mil preços em 30 mil estabelecimentos.
“A estatística de preços tem essa interface, tanto porque ela pode definir negociação salarial mesmo na ausência de indexação, como também indica onde é mais caro viver, onde é mais barato, que produto encareceu mais que outro e o que as famílias precisam mudar na sua forma de viver em função desses preços”, diz Márcia Quintslr, pesquisadora do IBGE.
Poder de compra
Segundo o IBGE, “se a variação do seu salário, de um ano para o outro, for menor do que o IPCA, você perde seu poder de compra, pois os preços sobem mais do que a sua renda. Se a inflação e o seu salário têm a mesma variação, seu poder de compra se mantém. Se você, porém, receber um aumento acima do IPCA, seu poder de compra aumentará”.
O Banco Central diz que “a taxa de inflação do IPCA pode não ser a mesma que o cidadão sente nos gastos do dia a dia. O motivo é que a cesta do IPCA é uma aproximação da cesta da maioria das famílias brasileiras. Cada família possui sua própria cesta de consumo. A importância de cada despesa pode ser diferente de família para família”.
IPCA e Selic
O IPCA também influencia na taxa Selic, definida pelo Banco Central.
De acordo com o BC, “a Selic é a taxa básica de juros da economia. É o principal instrumento de política monetária utilizado pelo Banco Central para controlar a inflação. Ela influencia todas as taxas de juros do país, como as taxas de juros dos empréstimos, dos financiamentos e das aplicações financeiras”.
O governo federal utiliza a taxa Selic para controlar o IPCA do país e conter uma possível hiperinflação, como aconteceu na década de 80.
Isso quer dizer que se a inflação sobe muito, o Banco Central usa a Selic para “frear” a economia e restringir acesso a crédito. Isso faz com que o IPCA reduza, já que as famílias irão consumir menos. Por outro lado, se a inflação está baixa ou negativa, o Banco Central reduz a Selic, estimulando créditos em comércio, por exemplo, para movimentar a economia.
Com os dados indicados pelo IPCA, o presidente e os diretores do Banco Central farão uma reunião no Copom (Comitê de Política Monetária) para decidirem se a Selic sobe, desce ou se mantém estável.
Dessa forma, IPCA e Selic andam juntos para manter a inflação “nos trilhos”.
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